Todo mundo é uma novela

Data10/02/2017 CategoriaAceitação

Todas as histórias de vida são tão completas quanto a nossa. Todos com quem cruzamos vivenciaram felicidade e dor, fracasso e triunfo, acolhimento e abandono, exatamente como nós. As circunstâncias são diferentes, mas a essência é a mesma.

Lembrar sempre disso pode ser uma arma poderosa de empatia. Muitas vezes as armadilhas do ego nos fazem acreditar que somos pessoas complexas, com medos, sonhos e anseios que os outros não costumam ter, como se eles vivessem no automático e só nós estivéssemos em busca de algo maior.

Todo mundo é uma novela. O que isso significa? Que há capítulos e mais capítulos de histórias de vida que desconhecemos. Que há experiências sobre as quais não sabemos, que formaram o caráter das outras pessoas. Que há pensamentos e sentimentos dentro dela que nunca nos serão acessíveis. Que ninguém é simplório ou pequeno.

Respeitar o roteiro escrito por cada um, dia após dia, e entender suas ações a partir dele pode ser um facilitador das relações, pois leva à compreensão de que por trás de cada ofensa, mágoa ou discordância, há a pessoa e sua história. Ajuda a ouvir o indivíduo e suas peculiaridades e não só a palavra que nos incomoda. Torna possível buscar as razões que levaram cada um a ter atitudes e opiniões que podemos considerar estranhas ou detestáveis.

Em uma novela, somos capazes de sentir empatia por qualquer personagem, desde que conheçamos sua história. Basta que o autor nos mostre que há fatos que justificam suas ações, mesmo as mais cruéis. É comum não concordarmos com os atos, mas acolhermos a pessoa em cada um dos papéis que encarna. Pode ser assim na vida, já que todos somos os protagonistas de uma produção própria. Conhecer verdadeiramente os outros personagens e nos deixar conhecer por eles pode ser essencial para uma vida com mais tolerância e compreensão. É como diz um texto anônimo, que corre pelas redes sociais: “Todos que você conhece estão travando batalhas sobre as quais você não sabe nada a respeito. Seja gentil. Sempre.”
Luiza
CVV Belém/PA

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