Sobre a perda de alguém querido

Data18/04/2018 CategoriaEmoções

“A primeira coisa que eu pensei quando começou a tomar forma de que aquilo era verdade foi em me matar. Não fossem os amigos na contenção e nos remédios, eu não sei como teria sido. Acordar no dia seguinte e me deparar com essa realidade foi uma coisa muito dolorosa”, afirmou Monica Benício, em depoimento ao Uol.

O depoimento de Monica Benício foi dado às jornalistas Marina Lang e Taís Vilela para uma reportagem especial publicada no dia 10 de abril de 2018. Ela é a viúva da vereadora Marielle Franco, assassinada com quatro tiros na cabeça no dia 14 de março, no Rio de Janeiro.

A perda de um ser querido, em condições trágicas ou não, pode ser o detonante de pensamentos suicidas. Quando as sensações de desamparo, isolamento e desespero são fortes demais, chegamos ao ponto de pensar que não vamos suportar. Somos levados a acreditar que o suicídio é o único modo para nos livrarmos destes sentimentos e da dor de perder alguém.

Esse tipo de pensamento aparece com frequência maior do que imaginamos e todos estamos sujeitos a ele. Um estudo realizado pela Unicamp aponta que 17% dos brasileiros já pensaram seriamente em dar um fim à própria vida. Pensar em suicídio faz parte da natureza humana em sua busca por plenitude e pelo alívio imediato da dor.

Na cartilha Falando Abertamente sobre Suicídio, elaborada pelo CVV, encontramos que: “O impulso suicida também é uma reação natural, porém é mais comum nas pessoas que estão exaustas por dentro e emocionalmente fragilizadas diante de situações que despertam possibilidade de suicídio”.

Todo ser humano pode passar por uma situação de fragilidade emocional diante da perda. Em momentos assim, ter um ombro amigo faz toda a diferença. E falar! Encontrar alguém que possa nos ouvir e acolher, sem críticas nem conselhos, fortalece as intenções de viver.

Qualquer pessoa pode ser esse ombro amigo, basta estar disposto a ouvir sem fazer julgamentos. No CVV, mais de 2.400 voluntários em todo o Brasil estão disponíveis 24 horas para conversar e ser o “ombro amigo” que todos nós, em algum momento, vamos precisar.

Quando o desespero tomar conta dos seus pensamentos, compartilhe conosco o que estiver te incomodando. Falar com alguém para desabafar é o primeiro passo em direção à superação. E você pode fazer isso de várias formas no CVV. Para conhecer todas elas, acesse www.cvv.org.br/23.

George

CVV Blumenau -SC

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