Respeito pela depressão
“Eu nunca havia percebido que precisava de ajuda,” admitiu a atriz Glenn Close, em entrevista concedida no fim de janeiro de 2016, ao site Mashable, enquanto falava sobre sua experiência com a depressão, diagnosticada oito anos antes.
A atriz de 68 anos falou sobre ter depressão e a necessidade de se derrubar o estigma sobre as doenças psicológicas e mentais.
“Eu sentia inércia. Tudo parecia muito difícil ou demais para eu aguentar”, disse ela, que pensou sofrer de algum distúrbio de déficit de atenção. Na família de Glenn, depressão ou qualquer outra doença mental eram tabus, conversas proibidas na mesa de jantar. Assim, por anos, ela ignorou os sintomas. Só mais tarde fez os exames e foi diagnosticada com doença. Hoje, ela toma remédios para controlá-la.
Mas, para a atriz, o alerta sobre a necessidade de falar publicamente sobre o assunto só veio anos depois, quando sua irmã revelou que pensava em se suicidar. “O filho dela tinha sido diagnosticado com esquizofrenia alguns anos antes e, por isso, ela começou a tomar medicamentos para depressão”, conta Glenn. Porém, na verdade, a irmã sofria de transtorno bipolar e o diagnóstico e a medicação errados quase custaram sua vida. Após o episódio, ela publicou um livro sobre o assunto.
O que a atriz defende, e que o CVV apoia e vem procurando fazer, é que se fale mais sobre o assunto em casa, no trabalho, nos grupos de amigos e na imprensa. Queremos quebrar tabus e desmistificar esse assunto, que às vezes é visto como desculpa para falta de vontade e outras vezes é utilizado para rotular tristeza e emoções desconfortáveis, mas que não é o que sente e sofre quem está em depressão.
Glenn, a irmã e o sobrinho criaram a “Bring Change 2 Mind” (Traga mudança para a mente, em tradução livre), uma organização que oferece informação, auxilia no tratamento e no acompanhamento para a pessoa com doenças mentais e psicológicas e seus familiares .
“Aprendemos muito nos últimos anos. Uma dessas lições é que histórias de pessoas que passaram por isso são extremamente poderosas e ninguém deve ter vergonha. Estamos nisso juntos”, defende ela, que pretende convencer mais pessoas a trazer esta discussão para o espaço público.
“Estigmas são difíceis de superar porque as pessoas tem ideias pré-concebidas de como uma pessoa com doença mental deve parecer ou agir”, explica. “Mas é mais comum do que imaginamos”. Só nos Estados Unidos, uma em cada quatro pessoas sofre de alguma doença do tipo – que vai desde depressão a distúrbios alimentares, esquizofrenia e transtorno bipolar.
A realidade brasileira e mundial não é diferente. Sabemos que mais de 350 mil pessoas sofrem de depressão no mundo, que aproximadamente 50% delas tiveram diagnósticos iniciais equivocados e que aproximadamente 70% das pessoas com depressão têm vergonha ou receio de falar sobre o assunto, pois ainda são vítimas de preconceito e julgamento.
Torcemos, juntamente com Glenn Close, para que a sociedade descubra a importância de cuidar da saúde mental. Assim como temos cuidado de câncer, diabetes e outras doenças crônicas, quem sofre de depressão também precisa de compaixão, empatia e respeito.
A atriz de 68 anos falou sobre ter depressão e a necessidade de se derrubar o estigma sobre as doenças psicológicas e mentais.
“Eu sentia inércia. Tudo parecia muito difícil ou demais para eu aguentar”, disse ela, que pensou sofrer de algum distúrbio de déficit de atenção. Na família de Glenn, depressão ou qualquer outra doença mental eram tabus, conversas proibidas na mesa de jantar. Assim, por anos, ela ignorou os sintomas. Só mais tarde fez os exames e foi diagnosticada com doença. Hoje, ela toma remédios para controlá-la.
Mas, para a atriz, o alerta sobre a necessidade de falar publicamente sobre o assunto só veio anos depois, quando sua irmã revelou que pensava em se suicidar. “O filho dela tinha sido diagnosticado com esquizofrenia alguns anos antes e, por isso, ela começou a tomar medicamentos para depressão”, conta Glenn. Porém, na verdade, a irmã sofria de transtorno bipolar e o diagnóstico e a medicação errados quase custaram sua vida. Após o episódio, ela publicou um livro sobre o assunto.
O que a atriz defende, e que o CVV apoia e vem procurando fazer, é que se fale mais sobre o assunto em casa, no trabalho, nos grupos de amigos e na imprensa. Queremos quebrar tabus e desmistificar esse assunto, que às vezes é visto como desculpa para falta de vontade e outras vezes é utilizado para rotular tristeza e emoções desconfortáveis, mas que não é o que sente e sofre quem está em depressão.
Glenn, a irmã e o sobrinho criaram a “Bring Change 2 Mind” (Traga mudança para a mente, em tradução livre), uma organização que oferece informação, auxilia no tratamento e no acompanhamento para a pessoa com doenças mentais e psicológicas e seus familiares .
“Aprendemos muito nos últimos anos. Uma dessas lições é que histórias de pessoas que passaram por isso são extremamente poderosas e ninguém deve ter vergonha. Estamos nisso juntos”, defende ela, que pretende convencer mais pessoas a trazer esta discussão para o espaço público.
“Estigmas são difíceis de superar porque as pessoas tem ideias pré-concebidas de como uma pessoa com doença mental deve parecer ou agir”, explica. “Mas é mais comum do que imaginamos”. Só nos Estados Unidos, uma em cada quatro pessoas sofre de alguma doença do tipo – que vai desde depressão a distúrbios alimentares, esquizofrenia e transtorno bipolar.
A realidade brasileira e mundial não é diferente. Sabemos que mais de 350 mil pessoas sofrem de depressão no mundo, que aproximadamente 50% delas tiveram diagnósticos iniciais equivocados e que aproximadamente 70% das pessoas com depressão têm vergonha ou receio de falar sobre o assunto, pois ainda são vítimas de preconceito e julgamento.
Torcemos, juntamente com Glenn Close, para que a sociedade descubra a importância de cuidar da saúde mental. Assim como temos cuidado de câncer, diabetes e outras doenças crônicas, quem sofre de depressão também precisa de compaixão, empatia e respeito.
Adriana
CVV Araraquara – SP
CVV Araraquara – SP
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