Quantas colheres de energia você tem pra gastar?

Como está sua energia no dia a dia? Você já teve a sensação de estar sem energia suficiente para realizar as atividades do dia, até mesmo as atividades ditas básicas como levantar-se da cama, tomar banho e preparar uma refeição?
A “Teoria da Colher” foi criada por Christine Miserandino, portadora de lúpus. Ela explica a teoria no livro “Alucinadamente Feliz”, da autoria de Jenny Lawson, ao tentar exemplificar como era ter lúpus e ter que “racionar” a energia ao longo do dia para dar conta de realizar as diversas atividades. As colheres representam a cota de energia ao longo do dia e o número delas é limitado. Desde a hora de se levantar, até a de se deitar, em cada atividade que é necessário fazer, tem que tomar decisões e escolher, cuidadosamente, como vai gastar as colheres de energia disponíveis para não faltar nenhuma antes do fim do dia. Quando se levanta da cama, por exemplo, só o simples fato de levantar-se sentindo dor e rigidez já fez gastar uma colher. Entre tomar banho, vestir-se e arrumar-se já gastou mais duas, e ainda nem saiu de casa.
A situação para quem sofre de doenças crônicas, incapacitantes ou transtornos mentais é diferente. As pessoas ditas normais, sem doenças ou condições incapacitantes, têm um estoque bem maior, praticamente inesgotável, de colheres de energia para gastar e elas são mais facilmente recarregadas com os períodos de descanso. Essas pessoas, que não têm um estoque tão limitado de colheres de energia, conseguem desenvolver suas atividades sem se preocupar em “poupar colheres” em alguma coisa para “gastar colheres” em outras. Por outro lado, aquelas com limitações, precisam ser mais seletivas e escolher onde gastar o pequeno estoque de colheres de energia que possuem. Se não souberem escolher, dividir bem, vai faltar energia para atividades ditas essenciais ou mesmo vai faltar energia bem antes do dia acabar.
A teoria das colheres mostra de forma simples como as pessoas com lúpus, fibromialgia e outras doenças crônicas podem se sentir. Ela vem sendo aplicada em vários estudos: para descrever espaços e tempos de pessoas com deficiência, limitações de pessoas idosas, concentração de pessoas com transtorno do espectro autista e a rotina dos que vivem a esclerose múltipla. Além disso, essa teoria também pode ser aplicada em quadros de cansaço, de exaustão ou de transtornos mentais como a depressão.
Pessoas que enfrentam doenças ou condições incapacitantes podem se sentir especialmente pressionadas para produzir ou realizar atividades em igual proporção a pessoas sem essas limitações, mas essas situações naturalmente tiram várias colheres de energia, deixando-as em desvantagem desde o início do dia. Dependendo da combinação de uma ou mais doenças e condições incapacitantes, como por exemplo uma mesma pessoa com depressão e ansiedade, o estoque fica ainda mais limitado e ineficiente de colheres para as atividades do dia a dia. A pessoa pode até se forçar a usar mais do que tem, mas isso no fim pode fazer mal.
É importante que qualquer assunto que incomoda tenha espaço e possibilidade para ser conversado sem julgamentos e com escuta amorosa. É importante procurar ajuda e sempre falar sobre nossas angústias. Precisando conversar, ligue para o 188 ou acesse www.cvv.org.br
Viviane
Belém (PA)
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