Pensando o Lazer

O mundo do trabalho dita ritmo frenético da vida, um corre-corre para estarmos sempre fazendo alguma coisa, nos colocando nesse lugar de protagonistas de tudo, buscando resultados cada vez mais audaciosos e competitivos. Essa situação afeta o estado de saúde das pessoas, que estão cada vez mais estressadas, e afasta-as do momento presente, provocando ansiedade, insegurança, insatisfação, tristeza e até desesperança.
Segundo o Ministério da Saúde (2019), o estresse por esgotamento profissional tem sido considerado fenômeno ocupacional definido como Síndrome de Burnout, causado por excesso de trabalho, situações de desgastes emocionais, pressão por resultados e sentimento de esgotamento e exaustão.
Nas principais formas de tratamento e prevenção da síndrome, as atividades do lazer são citadas como possibilidades, apontando a necessidade de alteração das condições de trabalho, mudanças nos hábitos de vida e uso do tempo livre.
Nestas reflexões acerca da conquista do tempo livre, o que temos feito com o período de não trabalho? O que temos considerado prática de lazer? O tempo livre, destinado ao lazer, foi uma conquista dos trabalhadores no período de transformações industriais, época em que a jornada diária era de 14 a 16 horas. Momento evidente de necessidade de descanso, de alimentação e sono, traduzido em reivindicações. No tempo sobrante, o corpo e a mente pediam descanso, dormir era o mais desejado. Sem pausas para atender à necessidade de entretenimento, prazer ou diversão.
Para o filósofo Dumazedier, “o lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se”.
Uma grande parte do tempo livre da população brasileira é utilizado assistindo TV, num lazer incentivado pelos meios eletrônicos como televisão, rádio, revistas e internet, formas que apresentam possibilidades de práticas do lazer disseminando conteúdo, esportes, filmes, ginásticas, culinárias, jardinagem, criação de animais, pintura, artes manuais e literatura.
Há também atividades turísticas do lazer, atrelado ao consumo, incentivo ao estilo, aquisição de objetos, ao ter coisas e frequentar espaços/lugares para fazer parte dos grupos, com estímulo à aquisição do lazer.
A reflexão se dá na interpretação de que o lazer possa estar fora, recebido pronto, distante e que precise ser adquirido, daí por vezes se espera pelo melhor momento, pela possível economia financeira para fazer aquela viagem dos sonhos que será um grande lazer.
O lazer se distancia do indivíduo à medida que o enxerga como algo externo a ele, inalcançável ou relacionado a ser praticada no momento que possa se reunir com os amigos ou família no espaço sonhado no período de férias.
No entanto, o lazer também pode se vivenciado na leitura de um livro, de uma prática meditativa, atividade de autoconhecimento, no descanso na rede de casa, na pelada com os amigos, na seleção musical que causa júbilo, ação de cozinhar por puro prazer, na caminhada, na contemplação da natureza, no sentir a brisa do mar ou no ócio criativo.
Nesta perspectiva, se ampliam as possibilidades de usufruir o tempo livre com a prática do lazer, quer seja sozinho ou acompanhado, buscando descobrir o que se gosta de fazer, desperte interesse e proporcione prazer, alegria e satisfação, sem obrigação de fazê-la, sem compromisso regular de rotina, e lhe traga liberdade de escolhas, interação humana e prática desinteressada do lazer, contribuindo para prevenção a saúde física, emocional e social.
Neylane – CVV Natal – RN
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