A internet e a prevenção do suicídio

O ambiente virtual reúne uma infinidade de espaços para o compartilhamento de ideias e troca de experiências. As redes sociais são um dos meios mais utilizados para a expressão de sentimentos, principalmente aqueles relacionados à dor emocional. Em fevereiro, celebra-se o Dia Internacional da Internet Segura. O tema deste ano é “Juntos por uma Internet melhor”. A data busca promover a utilização segura da internet por todas as pessoas. Um dos primeiros passos para isso é prestar atenção na nossa saúde mental e emocional quando acessamos a internet.

Em entrevista ao programa ‘Como Vai Você’, a psicóloga e co-fundadora do Instituto Vita Alere, Karen Scavacini, destaca que as redes sociais podem mexer com nossos sentimentos e emoções, mas é preciso lembrar que nem tudo que está sendo mostrado na tela é totalmente real. A rede, como qualquer outro dispositivo, tem um lado benéfico e outro que precisamos ficar mais atentos. Karen propõe uma reflexão: “Tentem perceber como vocês se sentem quando estão usando as redes, a quantidade de horas, se está fazendo um uso ativo, ou seja, se estão em busca de informações ou de contato, ou se estão fazendo o uso passivo, coisa de ficar olhando o feed sem parar”. De acordo com a psicóloga, esses são alguns cuidados que podem ajudar a termos um uso mais saudável e consciente da internet.

Karen Scavacini salienta que a rede de comunicação virtual nos dá a oportunidade de nos expressarmos através da escrita e do desenho. Também é possível encontrar vídeos de histórias de superação e grupos  online de acolhimento. Há, então, uma infinidade de possibilidades para serem exploradas. “As redes têm potencial enorme de conectar pessoas, de ajudar e de fazer com que se sintam pertencentes em comunidades de apoio e até na busca por ajuda. O CVV é um exemplo”, comenta.

Além dos atendimentos gratuitos pelo telefone 188, chat e e-mail, o CVV conta com uma grande variedade de materiais na internet. No site cvv.org.br é possível conhecer mais a história da entidade, inscrever-se para ser voluntário (a), e encontrar diversos materiais. Entre eles, a cartilha ‘Falando Abertamente sobre Suicídio’, elaborada com linguagem acessível para os jovens, com perguntas e respostas que desmistificam o tabu em torno do tema. No canal do @cvvoficial no YouTube, há vídeos educativos para familiares, adolescentes e professores, além de outros materiais com o apoio da Unicef. São vídeos com informações de qualidade e na linguagem adequada, favorecendo o diálogo aberto, livre de mitos.

Você também pode encontrar diversos outros materiais gratuitos no site do Instituto Vita Alere (vitaalere.com.br) e ainda acessar o Mapa Saúde Mental. Neste site você encontra serviços públicos de saúde mental disponíveis em todo território nacional, além dos de acolhimento e atendimento gratuito ou voluntário realizados por ONGs, instituições filantrópicas, clínicas escola, entre outros. O objetivo é unir pessoas em sofrimento mental aos serviços de cuidado disponíveis online ou em sua região. O endereço é: mapasaudemental.com.br

Por fim, é importante é lembrar que, na rede ou fora dela, é possível sermos solidários, empáticos e preocupados com a gente mesmo e com outro. Parar um pouco para escutar, sem críticas e julgamentos, é um gesto que todos nós podemos fazer. Venha ser um voluntário (a) do CVV. Inscreva-se no site https://cvv.org.br/voluntario/.

Felipe – Porto Alegre (RS)

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