Empatia no dia a dia

Data02/01/2016 CategoriaAutoconhecimento

Uma das características principais da sociedade contemporânea é a individualidade. Somos cientes e responsáveis por nossas escolhas e suas consequências e isso nos possibilita certa independência. O sociólogo Zygmunt Bauman afirma vivenciarmos a época do hiperindividualismo. Segundo o autor, alcançamos um ponto tal do individualismo que se houver um incêndio próximo a nós e ninguém de nossas relações correr risco, não nos perturbamos.

Para nossa sorte, na contramão ao individualismo há a empatia, ou seja, a possibilidade de sentirmos como se estivéssemos na situação experimentada por outra pessoa. Essa habilidade tem sido deixada de lado em benefício da preocupação excessiva consigo mesmo. Ao nos preocuparmos demais com nosso próprio bem estar, incorremos no risco de desenvolvermos um jeito de ser que pode até negligenciar a existência do outro, muitas vezes até desconsiderando que aqueles que compartilham algum espaço conosco também possuem desejos e sentimentos.

Empatia, o exercício de se colocar no lugar do outro, de enxergar o mundo com os olhos de alguém que não eu mesmo tem sido um desafio. Ao nos imaginarmos no lugar do outro e tentarmos compreender o que ele sentiria em uma situação, podemos dar início a um contato mais autêntico.  Algo um tanto fora de moda nos dias atuais, mas muito desejado por quem busca o CVV.

Se colocarmos em nosso dia a dia a prática da empatia, poderemos nos surpreender em relação ao número de ocasiões em que podemos melhorar, sem nos darmos muito conta disso, os nossos relacionamentos. Por isso, ao optarmos por voltar nossa preocupação não somente para o que nos faz bem, mas para o que sentem aqueles que convivem conosco também, corremos o risco de aprimorarmos nossas relações interpessoais. Poderíamos experimentar a troca que todo relacionamento proporciona, mas da qual nos privamos quando voltamos nossa atenção apenas para nós mesmos.

Ser empático nos parece cada vez mais um desafio nos dias atuais. É uma escolha que requer o desejo de nos relacionarmos melhor com nos mesmos e com quem convivemos.

Adriana
CVV Araraquara – SP

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