Crise Existencial na Juventude

Data21/08/2016 CategoriaAutoconhecimento

Roseli Sayão, psicóloga e consultora em educação, publicou em sua coluna no site da Folha de São Paulo (Veja mais) um artigo sobre uma realidade mais presente do que imaginamos em nossos jovens.

Ela conversou com um rapaz de 25 anos e uma moça de 17 anos oriundos de diferentes realidades. O rapaz, com família de ótimo nível social e econômico, já está trabalhando e tem a carreira em ascensão. A moça acaba de entrar em uma universidade, estudou em escola pública, dá aulas particulares para se manter e realiza trabalhos voluntários.

Realidades diferentes, mas que chamaram a atenção da autora por algo que eles e muitos outros jovens têm em comum: o vazio que sentem em suas vidas. A autora fala sobre o quanto ouvir pode proporcionar aprendizado e novos questionamentos e relata que isso aconteceu com eles neste caso.

Os jovens que, apesar de estarem bem encaminhados, não enxergam em suas vidas perspectivas sentem que não conseguem ter motivos para sustentar a vida que levam. Relatam que não pensam em suicídio, mas acreditam que deve haver algo mais em suas vidas além do dia a dia que têm vivido, sentem que, se viver é só isto, a vida parece pequena. Roseli comenta o que aprendeu com os relatos: “Estamos valorizando em demasia, para os mais novos, facetas da vida que não são suficientes para sustentar a fome de viver”.

A preocupação é relevante, pois sabemos que o número de suicídios entre os jovens tem aumentado significativamente nos últimos anos. Não há estudos publicados sobre esta relação entre esperar mais da vida e pensar em não vivê-la, mas certamente em algum momento os jovens que ja sentiram aquela sensação de vazio já tiveram esses pensamentos e sentimentos se entrelaçando em seu pouco tempo de vida.

O que buscam esses jovens? O que será que os faria se sentir completos? Por que sentem esses vazios?

Surgirão muitas dúvidas para eles e para nós que os ouvimos. É por isso que precisamos nos esforçar para compreendê-los, nos colocar no lugar deles e ver o mundo com a realidade deles. Este será o nosso desafio e exercício como pais, amigos e sociedade: estar próximos desses jovens que não conseguiram ainda saber como se sentir melhor e o que buscar para preencher as suas vidas.

Eixo Comunicação CVV

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