Convite ao voluntariado

O telefone toca. Não se sabe quem está do outro lado da linha. O que vai falar ou se vai falar. O silêncio também é feito de muitos pontos e vírgulas. Para quem está do lado de cá, a espera não angustia. Essa é a rotina dos cerca de 2.700 voluntários do CVV. Em mais de cem postos espalhados pelo Brasil, homens e mulheres com mais de 18 anos, tão diversos quanto nossos sotaques, se dedicam a atender diariamente quem liga para o CVV.
Se, no jeito de ser, somos diferentes, a forma de atendimento é única. A empatia é fundamental para nós. Respeito, acolhimento, confiança e compreensão são básicos em qualquer conversa, assim como a garantia de total sigilo. Princípios dos quais o CVV não abre mão. Permitir que a pessoa fale livremente sobre suas emoções, suas dores e ale grias, de forma aberta, e, principalmente, sem temer qualquer tipo de julgamento, contribuindo para que, naquele momento, ela se sinta melhor, mais aliviada, menos pressionada. Permitindo que ela possa buscar dentro de si as respostas para o sofrimento.
E sobre o que as pessoas conversam? Sobre as emoções, sobre os sentimentos que elas vivenciam. Pode ser a ausência de um amigo, a perda de um familiar, o sumiço do animal de estimação, o vazio existencial, a dor que consome, a solidão no meio da multidão, a decisão de se matar… O CVV funciona como uma espécie de pronto-socorro emocional. O apoio e a prevenção do suicídio são nosso trabalho diário. Quem fala em se matar, na verdade quer se livrar da dor insuportável com a qual não consegue conviver, é a tal ambivalência.
Quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que 90% dos casos de suicídio são preveníveis, ela indica que precisamos cada vez mais atuar em rede, cada um contribuindo para reduzir essa realidade. Hoje, a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo. No Brasil, são mais de 11 mil suicídios por ano. É a terceira causa de morte violenta entre jovens. Números que, por si só, já mostram a urgência no enfrentamento deste problema de saúde pública.
Se os índices de suicídio têm aumentado, o volume de chamados ao CVV também. Desde julho, quando o número 188 ficou disponível nos mais de 5 mil municípios brasileiros, é crescente a busca pelo serviço. O convênio com o Ministério da Saúde permitiu a isenção da tarifação telefônica para um serviço que existe e atue; gratuitamente oferecido por voluntários há mais de 50 anos. Em 2018, devemos chegar a 2,5 milhões de atendimentos. Só para se ter ideia, em 2016 atendemos 1 milhão.
Na compreensão do outro, compreendemos melhor também a nós mesmos. Falar do não julgamento pode parecer utópico para alguns. Mas é um treino diário de todos os voluntários do CVV. Filosofia que passa a ser incorporada à vida e que vai nos transformando um pouquinho a cada dia. Não aconselhar e perceber que a pessoa conseguiu encontrar em si as respostas após alguns minutos ou horas de ligação é mágico.
É comum também que, ao ligar, a pessoa fique em silêncio e, ao final, agradeça pela companhia naquele momento tão delicado. Algo como se segurássemos a mão dela e disséssemos: olha, estou aqui com você! Parece banal, mas não é. Ficamos agradecidos por merecer a confiança de quem nos liga e compartilha questões tão íntimas, coisas que talvez fossem difíceis de verbalizar, de admitir, até para elas mesmas…
Na noite de Natal ou de Ano Novo, nos feriados ou finais de semana, nós, voluntários do CVV, estamos sempre disponíveis. Nas 24 horas dos 365 dias do ano. Além do telefone, atendemos também por e-mail, chat e presencialmente. Todas as opções podem ser conferidas em nosso site, cvv.org.br. Lá, também pode ser feita a inscrição para ser voluntário.
Ter mais de 18 anos, dispor de pelo menos 4 horas e meia por semana, passar por um treinamento específico e vontade de ajudar ao próximo são os únicos requisitos. Convidamos você a, em 2019, vir participar desta rede de solidariedade conosco.
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