Compreendendo nossos limites e compartilhando nosso melhor

Data17/03/2020 CategoriaAutoconhecimento

Numa rápida guinada, as preocupações no nosso planeta se voltam para um organismo cerca de um milhão de vezes menor do que nós. A atenção fica concentrada em evitar que esse organismo se espalhe e exponha nossas fragilidades interiores. Em nosso corpo vivem microrganismos que formam nosso sistema imunológico, defesas que precisam estar fortalecidas para enfrentar invasores, como o Coronavírus por exemplo. A disciplina e a paciência que temos podem ser colocadas à prova quando a rotina é alterada. A empatia e o amor são mais exigidos quando, mesmo sem adoecer, vemos a doença, o medo e a dor no próximo.

Fortalecer as defesas é tão importante quanto compreender os limites delas. Essa compreensão facilita melhorar hábitos, especialmente os de higiene; evitar contatos que possam facilitar a disseminação das doenças; e buscar ajuda quando necessário. Algo semelhante se passa em nosso estado emocional: compreender as defesas emocionais nos permite melhorar os hábitos e buscar ajuda de maneira a cuidar melhor de nós mesmos e do próximo.

E, nestes tempos em que abraçar, beijar e até apertar a mão pode ser perigoso para a saúde física, pode ser importante dedicar um pouco mais de atenção às emoções.

Quando o abraço não é possível, podemos conversar. A tecnologia entra como grande aliada para diminuir o isolamento. Mesmo à distância, por mensagem de texto, voz ou de vídeo, podemos ter boas conversas quando nos orientamos pela verdade e pelo amor.

Quando não podemos beijar, podemos dizer às pessoas o quanto precisamos delas e, quem talvez, saber aquelas que também precisam da gente. Poucas coisas são mais reconfortantes do que saber a nossa importância.

Quando não podemos apertar a mão, podemos acolher. Às vezes, até com um olhar ou tom de voz fazemos com que o outro se sinta bem-vindo. _A gente pode deixar as pessoas próximas se sentirem amadas.

Com conversas acolhedoras, orientadas pela verdade e pelo amor podemos começamos um efeito de contágio, parecido com o de um vírus, mas no qual o amor vai se espalhando de uma pessoa para outra.

No CVV, temos presenciado esse efeito contágio de amor. Quando começamos, há 58 anos, éramos poucas dezenas. Hoje somos mais de 4.000 voluntários, disponíveis 24 horas por dia, oferecendo cerca de 1.000 horas de conversas todos os dias. E te convidamos a fazer parte dessa rede de apoio, que cresce oferecendo calor humano a quem nos procura.

Com o aumento do número de casos da COVID-19 no Brasil, tornou-se necessário prorrogar vários cursos e eventos que tínhamos programado para esse semestre. Mas continuamos disponíveis pelo número telefônico 188, pelo email e pelo chat para conversar com quem nos procura.

Fernando – CVV Goiânia

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