Amor e verdade nos relacionamentos

Frequentemente nos deparamos com conversas que confrontam nossa visão de mundo, nossos valores, nossas crenças, nossas opiniões. E é comum que este confronto nos ponha em posição de defesa. Na pressa de fazer valer a ideia que nos é importante pode acontecer faltar amor ou verdade na nossa fala. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o que a outra pessoa nos trás nos afronta de tal maneira que enfurece, levando-nos, instintivamente, a sentir algum desejo de vingança ou de contra-atacar, de dizer de volta grosserias equivalentes ou talvez até maiores do que as que nos foram ditas, podendo assim faltar amor.
Ao tentar ganhar a discussão, pode aparecer a permissão para aumentar, distorcer, omitir ou até mesmo mentir. Estamos,assim, faltando com a verdade. Complica-se ainda mais se deixarmos faltar amor e verdade em nossas falas. Neste caso, a conversa tende a se tornar improdutiva, talvez até mesmo destrutiva.
Também pode ser destrutiva a verdade sem amor. Ao dizermos verdades sem envolvê-las com nosso amor corremos o risco de cometer uma crueldade, de fazer com que a outra pessoa se sinta rejeitada, magoada, humilhada.
Tão destrutiva quanto também pode ser o amor sem a verdade. Pois, embora o amor seja motivação, se o conteúdo de nossa fala for uma mentira, ainda que parcialmente mentira, retiramos do outro a oportunidade de conhecer a verdade e, com isso, a possibilidade de crescimento pessoal. O amor sem a verdade tende a ser uma bondade vazia.
O grande desafio nas nossas conversas e discussões diárias é aplicarmos este binômio ideal. Com verdade e amor possibilitamos que o nosso relacionamento com a outra pessoa amadureça respeitosamente, e favorecemos o crescimento mútuo. Especialmente nesses dias atuais em que somos bombardeados a todo momento com muitas notícias, nem sempre verdadeiras.
Então, pelo cuidado de falar com verdade e amor, um caminho possível para melhorar as relações é praticar cada vez mais o nosso ouvir compreensivo. Dar atenção ao que a outra pessoa está dizendo; buscar compreender não só palavras, mas também os sentimentos expressos; tentar entender até mesmo os sentimentos que as palavras dessa outra pessoa nos causam enquanto ouvimos; evitar interromper a todo momento ou concluir precipitadamente o que estão tentando nos explicar. O ouvir compreensivo é uma excelente ferramenta para nos aproximar de outra pessoa com amor e verdade.
Tendo ouvido, cabe-nos ainda perceber, respeitosamente, se a outra pessoa está em condições de nos ouvir. Nem sempre está. Isso pode acontecer independentemente do quanto de verdade e amor coloquemos em nossa fala. Se essa for a verdade, deixar pra falar noutro momento pode ser um ato de amor. E fica ao final a preocupação do auto-cuidado, até que ponto estamos prendendo palavras. Se você tem palavras presas, se precisa de alguém pra conversar, de alguém que se importe com você e queira te ouvir, ligue 188, a qualquer hora, em qualquer dia.
Fernando – CVV Goiânia
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