A importância da comunicação não-violenta
Boa parte dos conflitos que temos com outras pessoas podem ser causados mais pela forma como expomos nossas ideias do que propriamente pelas diferenças de opinião. Baseado nesta crença, o psicólogo Marshall Rosenberg desenvolveu o conceito de Comunicação Não-Violenta (CNV), que seria capaz de estimular a compaixão e a empatia (também por isso chamada de Comunicação Empática).
A CNV, nas palavras do psicólogo, “começa por assumir que somos todos compassivos por natureza e que estratégias violentas – se verbais ou físicas – são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante”. Ou seja, em um ambiente que estimule a competitividade, a dominação e a agressividade, tendemos a nos comportar violentamente. Ao contrário, tendemos a agir com generosidade em ambientes acolhedores e cooperativos.

Um dos mandamentos mais importantes da CNV é exercitar a capacidade de se expressar sem julgamentos e sem classificações de “certo” e “errado”, que buscam “vencer” um debate com o interlocutor e provar um ponto de vista. Muitas vezes, não ouvimos a opinião do outro para compreendê-la, mas apenas para podermos contra-argumentar, em um duelo sem fim.
Uma ideia da comunicação não-violenta é, ao invés de acusar o outro por atos com os quais não concordamos, dizer como nos sentimos diante deles. Ao ser chamado de violento, egoísta ou agressivo, o outro tende a se defender, justificar-se ou culpar fatos/agentes externos. Mas, se dissermos que ficamos tristes, angustiados ou nos sentimos desrespeitados diante da certa atitude, mostramos para o outro a nossa humanidade e as consequências de suas ações, possibilitando uma aproximação. Ao explicarmos o que sentimos, possibilitamos ao outro rever suas atitudes para não nos magoar, além de oportunizamos que ele fale sobre as emoções que o levaram a praticar certas condutas.
Pode parecer, à primeira vista, que a CNV nos leve a nos calar diante de ofensas ou agressões, mas é justamente o contrário: ela é totalmente fundada na comunicação honesta e transparente, que não se limita aos fatos analisados sob a nossa ótica (ex.: “você me deixou esperando por horas!”), mas foca nos sentimentos (ex.: “me senti abandonado quando você não apareceu”). Trata-se de uma comunicação mais eficaz do que a acusatória, que devolve ao outro todo o nosso ressentimento, e também do que aquela que se cala passivamente, que nos sufoca nos nossos próprios rancores.
Usar o principio da comunicação não violenta por vezes não é uma tarefa fácil, depende de vontade, disposição e de um desejo de melhorar a si mesmo e as relações que desenvolvemos em nossa vida diariamente. É um exercício, um aprendizado consigo mesmo e com os outros.
Luiza
CVV Belém
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